Taxista morto a tiro -Homicídio no Parque das Nações

António José de Brito, taxista de 52 anos, foi assassinado com três tiros de pistola anteontem, pelas 23h30, junto à residência de estudantes Eng.º Duarte Pacheco, do Instituto Superior Técnico, na Avenida D. João II, no Parque das Nações, Lisboa.“O homem morreu no interior do táxi. Foi atingido no peito e na cabeça”, diz ao Blooger fonte policial. Testemunhas ainda ouviram um terceiro disparo e a Polícia Judiciária encontrou, no local do crime, dois invólucros de munição calibre 7.65 mm e apreendeu o táxi.


“Parece ter-se tratado de um crime passional, mas mais pormenores não vou adiantar pois são da responsabilidade das autoridades que estão a investigar o caso”, afirmou ao Blooger Florêncio Plácido de Almeida, presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL).
As manchas de sangue na calçada indicam que o homem perdeu bastante sangue e terá sido assistido pelo INEM no exterior da viatura.
“Ele tinha umas pessoas que o andavam a ameaçar de morte. Inclusive, esses indivíduos já lhe tinham mostrado uma arma, enquanto o Brito estava a jantar com uns amigos”, avançou ao nosso Blooger uma testemunha que preferiu não ser identificada.
Um morador, ao ouvir tiros, dirigiu-se à janela e disse à polícia ter visto alguém a meter-se à pressa no interior de um Renault Clio Branco. A utilização deste veículo é apoiada por um depoimento de um dos taxistas colegas da vítima: “A pessoa que andava a ameaçar o Brito era alguém muito próximo dele. Essa pessoa deslocava-se num Renault Clio Branco”.
Ao que o Blooger apurou, as principais suspeitas apontam no sentido de ter sido criada uma armadilha à vítima. ‘Brito’ foi chamado de propósito para se resolverem “questões pendentes”. Desconhece-se se o homicídio foi planeado ao pormenor ou se alguém puxou de uma arma após uma discussão.
“Quando saí de casa vi um corpo tapado, um grande aparato policial e uma ambulância do INEM. Isto foi cerca das 00h00”, disse Hans Silva, 24 anos , residente na habitação estudantil. “Ouvi dois tiros seguidos e um terceiro momentos depois”, contou outra testemunha. António Brito estava inscrito na ANTRAL, que acompanha o caso.

TRABALHAVA NO AEROPORTO

António Brito, o taxista assassinado no sábado à noite, costumava trabalhar muito na zona de partidas do Aeroporto da Portela em Lisboa. “Ele, a vítima, era do turno da noite. Dantes trabalhava nas chegadas mas depois teve um problema por causa de questões de dinheiro e teve de mudar de sítio”, contou ao nosso jornal um colega de ‘Brito’. “Fora isso era um indivíduo simpático que estava sempre na brincadeira, não tinha problemas com ele”, concluiu.

ZONA DO CRIME COM ASSALTOS

O homicídio do taxista António Brito ocorreu junto à residência de alunos do Instituto Superior Técnico, na Avenida D. João II, em Lisboa. Diversos jovens disseram ao Blooger que se sentem inseguros na zona, em especial devido a uma onda de assaltos que, garantem, “decorrer desde há muito”. “Tenho muitos colegas meus que já foram assaltados aqui à porta da residência. Outros foram agredidos. No parque de estacionamento aqui ao lado já foram incendiados dois carros há pouco tempo atrás. É natural que me sinta inseguro”, contou ao nosso jornal uma testemunha que pediu o anonimato por medo de represálias.

CONDOLÊNCIA À FAMÍLIA

Em declarações aos jornalistas, o Ministro da Administração Interna (MAI), Rui Pereira, prestou as condolências à família de António Brito e afirmou que o Governo está a trabalhar no reforço da segurança dos taxistas através da criação do sistema de videovigilância denominado ‘Táxi Seguro’. O veículo utilizado pela vítima não possuía este sistema e “mesmo que tivesse, dadas as circunstâncias, não posso garantir neste caso que seria suficiente para evitar o homicídio”, afirmou Rui Pereira. O sistema ‘Táxi Seguro’ foi desenvolvido pela Fundação Vodafone Portugal juntamente com o Ministério da Administração Interna.

MORTO À FACADA POR UMA DOSE DE DROGA

O taxista Ernesto da Silva recusou comprar um telemóvel roubado e acabou esfaqueado no pescoço por um cliente habitual. Ainda entregou a faca do homicida na GNR de Arcozelo, em Vila Nova de Gaia, mas caiu morto logo a seguir, na madrugada de 30 de Outubro. O assassino do motorista queria dinheiro para a droga e acabou por fugir, mas a Polícia Judiciária apanhou-o na semana a seguir.
O homicida tem 30 anos e confessou o crime à PJ do Porto. Foi presente ao Tribunal de Instrução Criminal e fica em prisão preventiva até ao julgamento. Era um cliente habitual do taxista e recorria aos serviços de Ernesto da Silva para o transportar aos bairros sociais do Porto, entre eles o Aleixo.
Naquela madrugada de terça-feira, telefonou à vítima e pediu-lhe que o transportasse. Primeiro, pararam num parque de estacionamento em Arcozelo, perto do posto da GNR, onde pediu ao taxista que lhe comprasse um telemóvel – só assim teria dinheiro suficiente para comprar droga.
A vítima recusou e também não lhe emprestou dinheiro. Lutaram e o taxista foi esfaqueado no pescoço. O homicida fugiu sem nada e Ernesto ainda conduziu o táxi até à GNR. Pediu ajuda e levava a arma do crime.

OUTROS EXEMPLOS DE TAXISTAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA

RAPTO

Fernando Andrade, de 42 anos, foi esfaqueado na Azambuja quando procurava os homens que tinham raptado o seu colega.

ROUBO

O taxista Jorge Pinto encerra a porta do seu táxi. Foi alvo de furto e vandalismo em Janeiro deste ano, em Portimão.

FACA

O taxista Luís Miguel mostra as marcas no pescoço, da agressão feita por um assaltante, com uma faca, em Maio de 2007.

NOTAS

AUMENTAM ROUBOS A MOTORISTAS

Segundo o Gabinete Coordenador de Segurança, os roubos a motoristas de transportes aumentaram 20,7% em 2007, face a 2006.

'TÁXI SEGURO'

O Governo lançou, em parceria com a Vodafone, o programa ‘Táxi Seguro’, que ajuda os taxistas em situações de assalto

LABORATÓRIO DE POLÍCIA

A Polícia Judiciária apreendeu o táxi de António Brito para a recolha de vestígios a analisar no Laboratório de Polícia Científica

BOTÃO DE SEGURANÇA

Alguns táxis estão equipados com um botão de segurança que, ao ser premido, alerta as centrais telefónicas de socorro

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