Crise obriga a fundir Secretas portuguesas

 
Os serviços secretos não devem escapar à actual politica de austeridade, apesar dos alertas para o impacto nas operações. A ideia da fusão dos SIS e do SIED começa a ganhar adeptos entre os vários intervenientes, mas também à quem considere ser um erro.
  Com uma redução de despesas na ordem dos três milhões de euros, segundo a proposta no orçamento do estado para 2011, as "secretas" nacionais vão ter de redimencionar uma boa parte da sua actividade operacional. Numa altura em que a prevenção da criminalidade, principalmente o terrorismo, exige cada vez mais eficácia dos serviços de inteligência, este "estrangulamento" financeiro começa a ser visto como mais um sinal de fusão dos dois serviços que integram o Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), ou seja, o SIS (Serviço de Informações de Segurança) e o SIED (Serviço de Informações Estratégico de Defesa). Principalmente depois de o próprio secretário-geral do SIRP o ter admitido publicamente.
   Por norma discreto, como exige a função, Júlio Pereira deu origem a uma tempestade na espionagem nacional, ao defender uma discussão política sobre a oportunidade de fundir os dois serviços.
  "Pessoalmente, estou convencido de que a tendência de evolução do SIRP será a da existência de um único serviço de informações, não apenas por imposição da alteração de um velho binómio segurança interna/segurança externa, em que assenta a distinção entre serviços internos (SIS) e extremos (SIED), como também pela força da progressiva necessidade de eficácia, racionalização de recursos e novas exigências que se colocam decorrentes do potencial intrusivo e lesivo das novas tecnologias da informação e comunicação", declarou numa entrevista à última revista Segurança e Defesa.
   As declarações do top-spy nacional, funcionaram também como detonador, dando origem a uma corrida pela liderança do novo organismo, um possível serviço único, cuja arquitectura começou a ser traçada em 2004, ano de criação do SIRP, na sua actual configuração.
  Quando as maiores ameaças à segurança interna, como a criminalidade organizada ou o terrorismo, vêm do exterior, a prevenção, terá de ser garantida por uma estrutura, que centralize estruturas operacionais, meios de vigilância, etc. O SIRP já centraliza a segurança, as finanças, a informática e a formação.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Sandro Bala: “Na Margem Sul mando eu” .

Programas para Desbloquear Telemóveis

Volume de Negócios / Empresas de Segurança Privada