COMUNICADO DO STAD

“COMPANHEIRO E COMPANHEIRA

Muito mais condenável do que este comportamento das empresas do Sector da Vigilância Privada foi a actuação de uma associação chamada “anasp”. Esta dita “associação” fez um “trabalho sujo” pior que o das empresas! Ela fez, clara e exactamente, o mesmo papel de desmobilização da luta que as empresas fizeram – inacreditável mas é verdade!!!!
Em vez de estarem ao lado da Classe Trabalhadora, dos seus interesses e da sua greve, estes senhores puseram-se contra a luta e ao lado dos interesses dos patrões – desta forma, caiu-lhes a máscara: estes senhores são verdadeiros agentes dos patrões e são autênticas marionetes manipuladas por eles. Eles estavam é escondidos por detrás de uma máscara que definitivamente lhes caiu, mostrando para o que, de facto, servem!”

DA ANASP FALA O PRESIDENTE

Nasci no conturbado ano de 1974, numa família da classe média, o meu pai era militar a minha mãe doméstica. Sou o quarto de cinco irmãos e desde de criança me habituei ao agradável sabor da “luta” dos oprimidos, onde passava longas noites com os meus pais e restantes “Camaradas de luta”.
Vivi na primeira pessoa uma infância de “activista”, em manifestações e outras acções, provei da camaradagem singular, corri juntamente com a minha família o país de lés a lés em defesa do ideal e da igualdade.
Aprendi a acreditar num homem livre e democrático, cresci ao som das músicas de intervenção, li e estudei afincadamente o Socialismo.
Já no inicio da idade adulta, voluntariei-me para a vida militar, com 16 anos ingressei no corpo de Fuzileiros e por ai fiquei alguns anos.
Quando cheguei ao Sector da Segurança Privada, deparei-me com algo que ia para além do meu entendimento, “milhares de profissionais completamente abandonados à mercê da falta de escrúpulos e da selvajaria que reinava em grande parte das empresas”. Não consegui compreender e muito menos aceitar a inércia dos ditos “defensores dos trabalhadores” em nunca terem encarado estes milhares de homens e mulheres, alguns a passar fome perante a impunidade das violações, empresas vitimas de concorrência desleal em que o estado é o protagonista principal. Onde estava o Sindicato do Sector? Onde estava a carreira profissional? Onde estavam as condições de trabalho dignas? Onde estava a dignidades destes profissionais?
Pior que isso, foi constatar que o STAD mantinha a mesma forma de estar e de agir em 2010 que tinha em 1974! Quis para o Sector, não só para os profissionais, mas para o sector algo de Maior, mais verdadeiro, comprometido com a liberdade e a democracia, com a igualdade e com a tolerância. Algo regido pela Ética e pela Moral, que servisse o sector e a sociedade sem nunca se servir deles, algo que vá muito além dos mesquinhos interesses pessoais e político-partidários.
Juntamente com outros amigos, fundei a ANASP, que rapidamente se tornou um parceiro indiscutível no sector, apoiando as empresas credíveis e os profissionais empenhados, indo de encontro aos anseios do sector, sem falsos argumentos empenhei a minha vida nesta “missão”, sofri ataques violentíssimos de todos os lados, aceitei isso como normal em democracia.
Entendi que há em nós algo que vai para além da política e dos interesses pessoais é o humanismo que deve prevalecer acima de tudo.
A ANASP representa actualmente a esperança de um sector mais justo, digno e profissional, assim deve continuar, o Associativismo Democrático em detrimento do Sindicalismo cego e preso no tempo, que transforma parceiros em adversários e diálogos em “lutas”.
É importante que acima de tudo se compreenda que duma forma ou de outra a maioria das instituições democráticas (partidos políticos, sindicatos, associações etc…) nascerem para de formas diferentes defenderem um objectivo comum, (o superior interesse dos cidadãos), o problema não está nas instituições mas nas pessoas e no caso do STAD no Sector da Segurança Privada, provado está que falharam redondamente durante 35 anos de história Democrática Portuguesa, que no máximo o que conseguiram foi tentar transformar parceiros em adversário!
Posso aceitar o julgamento dos Agentes de Segurança Privada, o que não aceitarei já mais é ser julgado pelo STAD.
Ficarei na Presidência da Direcção da ANASP enquanto os Profissionais assim o entenderem, na certeza porem que já mais servirei interesses partidários ou pessoais e abandonarei esta caminhada logo que o sector assim o entenda, mas sairei com uma sensação de dever cumprido.

Braga, 31 de Março de 2010

O Presidente da Direcção,
Ricardo Vieira

Comentários

  1. Boa Sr. Presidente Ricardo Vieira, gostei da forma clara como o Sr. assim o fez. Agora ao STAD, realmente não estão no sítio certo, nem com a missão certa.

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