Imigração: O PNR adverte que o sistema é prejudicial à saude

A capa da primeira edição do jornal "i", do grupo Lena, ligado à construção civil, dava destaque ao tema da imigração. Dizia-se nas gordas que "sindicatos, patrões e governo: todos querem menos imigrantes". Já agora, o Grupo Lena, o que defende? Bem, adiante, porque lendo o artigo percebe-se a falácia contida no 'anúncio'. Nenhum deles - sindicatos, patrões e governo, nem as empresas, sobretudo de construção civil - pretende menos imigração, e apenas dizem querer, alguns, uma mera redução no número indicativo a que chamam quota de imigração.


Reduzir o número indicativo, ou quota de imigração, significa entrarem menos imigrantes, mas continuarem a entrar, mesmo nesta altura de anunciada grave crise económica, não significa estancar ou reverter os fluxos migratórios, tal como defende o PNR. Reverter os fluxos migratórios significa que Portugal, e a Europa, não só não devia importar mais mão-de-obra barata como devia iniciar o repatriamento daqueles que vieram para beneficiar de apoios sociais e subsídios ou que se dedicam ao crime.
Em Espanha, por exemplo, conforme se lê na pág. 21 do referido artigo, o governo começou a pagar (!) para que os imigrantes desempregados abandonem aquele país. Esta não é a forma correcta de lidar com o problema, não só porque as pessoas não são - ou não deviam ser - objectos descartáveis que se usam e deitam fora, como não devia ser o Estado a subsidiar as viagens de pessoas que já foram devidamente remuneradas pelo trabalho que prestaram - não só pelo salário que auferiram como pelos benefícios sociais de que desfrutaram.

E grande parte deles, dos que estão cá, conforme se lê nas entrelinhas da notícia do "i", ao contrário do sub-título "segurança social em xeque se houver menos imigração", vão continuar a viver à custa da teta da Segurança Social e do chamado Estado-Social. É que o texto da pág. 21, que diz que "existem 225 mil cidadãos estrangeiros empregados", entra em contradição - pelos títulos não condizentes com o conteúdo - com o artigo da pág. 20, onde se lê que "em 2007 viviam cerca de 446 mil imigrantes em Portugal". Então do que vivem os restantes 221 mil, do ar? Em que estradas circulam, que hospitais frequentam, que casas habitam, de que programas beneficiam, que subsídios recebem, etc., etc.?

Entretanto, quem aproveitou para se meter em bicos de pés, com o assunto da imigração trazido para assunto de capa, foi como de costume Paulo Portas, sempre atento a qualquer possibilidade de subtrair votos "ao senhor radical". Ao contrário do que o jornal tenta dar a entender, não há novidade nenhuma naqueles anunciados - e meros - processos de intenções. Sempre que se aproximam eleições o tema da imigração surge nos discursos paralelos às candidaturas dos partidos de sempre. Se não for o Portas a fazê-lo há-de ser outro, o Melo ou a Leite por exemplo, ou outro qualquer do PS ou PSD. Depois, aparecerão outros, desses ou de outros partidos, a fazer o jogo de Portas, ou seja dando-lhe uma espécie de troco para que passe a ideia de que existe uma solução para o problema dentro dos partidos do sistema, e nunca fora, no PNR por exemplo.

E tudo fica na mesma, até porque Portas já esteve no Governo, ou seja é co-responsável pela actual situação, e nessa altura até exigiu um aumento da tal quota da imigração. É assim que tem sido feito, é assim que se vai continuar a fazer, e é assim que políticos, jornalistas e seus correligionários vão mantendo o 'status quo', fazendo o jogo de uns e outros, tentando passar a ideia de que estão preocupados e são adversários em determinada matéria, de que têm solução para o problema enunciado, que 'por acaso' até foram eles que criaram.

Quanto aos outros - o PNR, neste caso - que há tantos anos alertam para este grave problema e que têm uma posição única em matéria de imigração, vão continuar a ser tratados, sobretudo pelos jornalistas do sistema, como marginais, com ideias inválidas que devem ser silenciadas e apagadas, como fez o autarca de Lisboa ao cartaz que dizia simplesmente "basta de imigração", tal como eles colocam hoje nas manchetes tentando sugerir que é uma ideia que partilham. Enfim, nada de novo, mais uma grande mentira para a qual é preciso estar alerta, porque acarreta consequências graves não apenas no presente mas sobretudo para o nosso futuro. Por isso lembramos que o sistema é prejudicial à saúde dos portugueses e usamos o slogan "Portugal Desperta".

Assina: Povo Português

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Sandro Bala: “Na Margem Sul mando eu” .

Programas para Desbloquear Telemóveis

Volume de Negócios / Empresas de Segurança Privada